Dividindo a responsabilidade


Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.João 13:34,35
Este texto deveria estar gravado em todos os lugares! Deus em sua infinita bondade e misericórdia nos ensina que o amor é a única forma de viver e quando nos fala que amar ao próximo é o meio pelo qual todos conhecerão que somos seus filhos, percebemos o qual importante é e, infelizmente não ouvimos muito isso e não praticamos também.

Amar a Deus sobre todas as coisas, com toda a nossa alma e todas as nossas forças e amar ao próximo como a nós mesmos foi o mandamento que resumiu toda a lei.
E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
Marcos 12:29-31
Quando encontramos nossa satisfação em Deus, em seus propósitos e em seus caminhos somos felizes e automaticamente cumprimos seu mandamento. Amamos e a consequência é obedecer. Não cumprimos para amar ou obedecer. Quando não conseguimos obedecer a este mandamento é porque não o amamos e nem o conhecemos. Não se pode obedecer a Deus como obedecemos a uma regra de trânsito ou umas regras impostas pelo governo, se fizermos isso nos afastamos do seu amor porque Ele não nos mandou cumprir ordens, mas nos mandou amar.

Quando amamos, a primeira coisa que acontece é não se importar com as frustrações, porque são apenas frustrações nossas, ou seja,  nossa expectativa estava voltada a algo que  queríamos; mas quando vivemos o amor de Deus, entendemos que Ele dirige nossas vidas e jamais deixará de realizar em nós seus propósitos, ainda que não haja explicação, nos alegramos e confiamos nEle.

Amar como a nós mesmos é uma boa comparação que Deus nos dá. Ele poderia ter nos falado que precisamos amar ao próximo somente, mas quando diz "como a ti mesmo", Ele nos adverte que mesmo nos momentos de doença, tristeza profunda nós nos alimentamos, tomamos banho, dormimos, nos olhamos no espelho,  etc. É interessante isso! Veja , mesmo que você esteja magoado com alguém, mesmo que alguém tenha feito alguma coisa errada contra você, saiba que mesmo assim, você deve cuidar dessa pessoa, alimentar, olhar para ela, dormir com ela! Difícil? Que nada! Isso Jesus nos falou quando citava a Lei de Moisés, veja melhor o texto que separamos no início deste artigo:
Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
João 13:34,35

Percebe a diferença? Amar como a nós mesmos é uma coisa, amar como o Senhor Jesus nos amou muda tudo! Jesus nos coloca em uma posição como aquela do credor incompassivo que lemos em Mateus 19.21-35:
Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete.
Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;
E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;
E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.
Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
Então o Senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.
Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?
E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que lhe devia.
Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.
Temos uma grande responsabilidade aqui: amar ao nosso próximo como Deus nos ama e nos perdoa (SEMPRE- TODO DIA), por isso que a responsabilidade é dividida. Ainda que haja uma ofensa, ainda que haja uma palavra dura ou atitude rude, precismos olhar para dentro de nós e ver que somos pecadores, temos falhas e que mesmo assim, Deus nos ama e nos perdoa e por este motivo devemos amar nosso próximo !

O texto termina com uma frase muito forte: "Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?" que parece um letreiro luminoso que se acende toda vez que penso na minhas razões. Percebo que se não assumir minha responsabilidade em um conflito, estarei pecando e indo contra ao que Deus espera de mim.

Que possamos ir além das nossas diferenças e amar ao nosso próximo como Deus deseja e espera de nós.


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